Câncer de cabeça e pescoço: Conhecer os fatores de risco é o melhor caminho para se proteger

 Você sabia que muitos casos de câncer de cabeça e pescoço estão diretamente ligados a fatores de risco, como o tabagismo e o consumo de álcool? Identificar esses riscos e adotar hábitos preventivos são atitudes poderosas. Fique atento também aos sinais que seu corpo dá. Entenda mais sobre esse assunto!

Introdução

O câncer de cabeça e pescoço engloba tumores que afetam áreas como boca, garganta, laringe, faringe, cavidade nasal e glândulas salivares. 

É um tipo de câncer com alta incidência no Brasil, principalmente em homens acima dos 40 anos. Grande parte dos casos está ligada a fatores evitáveis, o que reforça a importância da informação e da prevenção. 

O diagnóstico precoce melhora significativamente as chances de cura, por isso, reconhecer sinais de alerta e manter hábitos saudáveis são medidas essenciais. 

Neste artigo, abordaremos os principais fatores de risco para o câncer de cabeça e pescoço, estratégias e hábitos eficazes para prevenção da doença e sinais e sintomas que indicam a necessidade de investigação médica. Leia até o final e saiba mais!

Principais fatores de risco para o câncer de cabeça e pescoço

Diversos fatores estão associados ao desenvolvimento do câncer de cabeça e pescoço, muitos deles evitáveis. 

Entre os principais fatores de risco, destacam-se:

  • Tabagismo: o uso prolongado de cigarros é um dos maiores vilões. Substâncias tóxicas presentes no tabaco danificam as células da mucosa, favorecendo o surgimento de tumores
  • Consumo excessivo de bebidas alcoólicas: quando associado ao tabagismo, o risco se multiplica, pois o álcool potencializa a ação cancerígena do tabaco
  • Infecção pelo vírus HPV: especialmente nas regiões da orofaringe, o papilomavírus humano pode estar relacionado a tumores nessas áreas.
  • Má higiene bucal e uso prolongado de próteses mal ajustadas
  • Exposição solar sem proteção, principalmente no caso de câncer de lábios
  • Dietas pobres em frutas e vegetais, que são fontes de antioxidantes protetores

Além disso, histórico familiar e exposição ocupacional a substâncias químicas também podem aumentar o risco. 

A boa notícia é que a maioria desses fatores pode ser evitada com mudanças de hábitos e cuidados preventivos. Conhecer essas causas ajuda na adoção de medidas de proteção eficazes e contribui para o diagnóstico precoce da doença.

Estratégias e hábitos eficazes para prevenção da doença

A prevenção do câncer de cabeça e pescoço passa, em grande parte, por mudanças simples, mas consistentes, no estilo de vida. Ao adotar hábitos saudáveis, é possível reduzir consideravelmente os riscos.

Veja as principais estratégias de prevenção:

  • Abandono do tabagismo: parar de fumar é uma das atitudes mais eficazes para proteger a região da cabeça e pescoço.
  • Redução do consumo de álcool: limitar o uso de bebidas alcoólicas, especialmente em combinação com o cigarro, reduz o risco de forma significativa.
  • Vacinação contra o HPV: recomendada para meninos e meninas a partir dos 9 anos, a vacina ajuda a prevenir infecções que podem evoluir para tumores.
  • Uso de protetor labial com filtro solar: indicado para pessoas com alta exposição solar, como trabalhadores rurais.
  • Alimentação balanceada: incluir frutas, verduras e legumes no dia a dia fortalece o sistema imunológico e protege contra diversas formas de câncer.
  • Manutenção da saúde bucal: visitar o dentista regularmente e cuidar da higiene da boca também são formas de prevenção.

Aliado a essas práticas, o acompanhamento médico periódico é importante para detectar alterações precocemente. A prevenção está ao alcance de todos e pode fazer a diferença entre a cura e complicações futuras.

Sinais e sintomas que indicam a necessidade de investigação médica

Reconhecer os sinais do câncer de cabeça e pescoço é essencial para buscar ajuda médica o quanto antes. Muitas vezes, os sintomas são sutis e se confundem com problemas comuns, o que pode atrasar o diagnóstico.

Fique atento aos seguintes sinais:

  • Feridas na boca ou na língua que não cicatrizam após duas semanas
  • Rouquidão persistente por mais de 15 dias
  • Dor ou dificuldade para engolir
  • Caroços no pescoço que não desaparecem
  • Mau hálito constante, mesmo com boa higiene bucal
  • Sangramentos na boca, nariz ou garganta sem causa aparente
  • Dores de ouvido persistentes (principalmente em um dos lados)
  • Perda de peso sem motivo aparente

Caso qualquer um desses sintomas esteja presente, o ideal é procurar um especialista em cabeça e pescoço para uma avaliação adequada. 

O diagnóstico precoce é determinante para o sucesso do tratamento e para a preservação de funções importantes como a fala, a respiração e a deglutição.

Atenção aos sinais do corpo é um gesto de autocuidado. Quanto mais cedo o câncer for identificado, maiores são as chances de um tratamento eficaz e menos agressivo.

Autor

Dr. Marcelo Schalch

CRM 87876-SP 

RQE Nº 105906

  • Médico formado pela Faculdade de Medicina do ABC (FMABC).
  • Especialista em Cirurgia de Cabeça e Pescoço pelo Instituto do Câncer Doutor Arnaldo

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