A biópsia de linfonodos é um exame fundamental para diagnosticar doenças como linfomas, metástases e infecções crônicas. O procedimento permite avaliar de forma precisa o que está afetando os gânglios linfáticos e orientar o melhor tratamento para o paciente. Entenda mais sobre esse assunto!
Introdução
A biópsia de linfonodos é um procedimento médico indicado para investigar alterações nos gânglios linfáticos, estruturas fundamentais do sistema imunológico.
Quando há aumento de volume, endurecimento ou dor nos linfonodos, especialmente persistentes ou sem causa aparente, pode ser necessário obter uma amostra para análise laboratorial.
Esse exame é essencial para o diagnóstico de infecções, doenças autoimunes e, principalmente, neoplasias como linfomas e metástases de câncer.
É um procedimento seguro, com grande valor diagnóstico. Neste artigo, abordaremos as indicações deste procedimento, como ele é realizado e quais os cuidados necessários no período pós-operatório. Leia até o final e saiba mais!
Quais as indicações desse procedimento
A biópsia de linfonodos é indicada quando há suspeita clínica de alteração nos gânglios linfáticos, principalmente em casos onde exames de imagem ou exames laboratoriais sugerem a presença de alguma doença que exija confirmação histológica.
Suas principais indicações incluem:
- Suspeita de linfoma ou outro tipo de câncer primário do sistema linfático
- Avaliação de metástases em pacientes com diagnóstico de câncer em outros órgãos
- Linfonodos aumentados (linfadenopatia) persistentes sem causa aparente
- Linfonodos endurecidos, com crescimento rápido ou que não reduzem com o tempo
- Investigação de infecções crônicas, como tuberculose, toxoplasmose ou mononucleose
- Doenças autoimunes como lúpus ou sarcoidose, que podem se manifestar com linfonodomegalias
A escolha entre biópsia por agulha fina, agulha grossa ou cirurgia aberta depende do local do linfonodo, tamanho, acessibilidade e necessidade de avaliação mais detalhada da arquitetura do tecido.
Em alguns casos, a retirada completa do linfonodo (excisional) é preferida para garantir diagnóstico preciso.
É uma etapa importante do processo diagnóstico e, muitas vezes, essencial para definir o tipo e o estágio da doença, orientando a escolha do melhor tratamento.
Como é realizado esse procedimento
A biópsia de linfonodos pode ser feita por diferentes métodos, dependendo da localização e da suspeita clínica. As principais técnicas incluem:
- Biópsia por aspiração com agulha fina (PAAF): é um procedimento minimamente invasivo, geralmente feito com anestesia local. Uma agulha fina é introduzida no linfonodo para aspirar células, que serão analisadas no microscópio.
- Biópsia por agulha grossa (core biopsy): utiliza uma agulha um pouco maior, capaz de retirar fragmentos de tecido. Oferece informações mais detalhadas que a PAAF.
- Biópsia excisional: consiste na retirada total do linfonodo por cirurgia, geralmente feita com anestesia local ou geral, dependendo da profundidade e do local do gânglio.
O procedimento pode ser guiado por ultrassonografia ou tomografia quando os linfonodos estão localizados em regiões profundas.
Durante a biópsia cirúrgica, o cirurgião faz uma incisão na pele e disseca cuidadosamente o tecido até encontrar e remover o linfonodo. O material é então enviado para análise anatomopatológica e, se necessário, imunohistoquímica.
Independentemente da técnica, o objetivo é obter amostras suficientes e de qualidade para permitir um diagnóstico preciso.
A escolha da melhor abordagem deve ser feita por um médico especialista, levando em consideração o quadro clínico, os exames prévios e a experiência da equipe médica.
Como é o período pós-operatório desse procedimento e quais os cuidados necessários
O período pós-operatório de uma biópsia de linfonodos varia de acordo com o tipo de técnica utilizada. Em geral, os cuidados são simples, mas importantes para prevenir complicações e garantir boa recuperação.
Para biópsias por agulha (fina ou grossa):
- A recuperação é rápida, com retorno às atividades em 24 a 48 horas
- Pode ocorrer leve dor ou hematoma local, que geralmente desaparece espontaneamente
- Recomenda-se compressa local, analgésicos comuns e evitar esforços físicos no dia do procedimento
Para biópsias excisionais (cirúrgicas):
- A recuperação pode levar alguns dias, dependendo do local e da profundidade do linfonodo removido
- A incisão deve ser mantida limpa e seca até a retirada dos pontos (geralmente após 7 a 10 dias)
- Analgésicos podem ser prescritos para aliviar desconforto no local da cirurgia
- Evitar atividades físicas intensas e exposição solar direta sobre a cicatriz durante a cicatrização
Sinais de alerta incluem vermelhidão intensa, secreção purulenta, dor persistente, febre ou aumento do inchaço local. Nesses casos, é importante procurar orientação médica.
O acompanhamento pós-procedimento inclui a análise do laudo patológico e, se necessário, encaminhamento para especialistas como oncologistas ou infectologistas, de acordo com o diagnóstico encontrado.
O sucesso do tratamento começa com um diagnóstico preciso, e os cuidados pós-operatórios contribuem para a segurança do paciente.

